Novo cinema português

Quando se pensava que o cinema português estava em crise, eis que chega ao mercado este maravilhoso êxito: Gabi, violada à força.
Uma maravilhosa produção nacional dirigida por PAC, será o primo mais "piqueno" do Pacman? A qualidade começa logo pela capa da obra e nota-se que os produtores manejam habilmente o word e o wordart pelo efeito ondulado do título, só ao alcance de alguns. O título é sugestivo, porque toda a gente sabe que as mulheres são violadas por prazer:
- "Olhe a menina quer ser violada?"
- "Agora não me dá jeito que vou trabalhar, mas se passar por cá mais logo até que era giro!"
A técnica nas filmagens foi a de Manoel de Oliveira, como se pode ler na capa: Duas horas de filme, para além de três cenas + três fêmeas. Para quem conseguir superar as duas horas desta obra, mantendo a comida no estômago, ainda tem mais 48 minutos de extras e, pelos vistos, por tema. Penso que será qualquer coisa do género: Gabi no chão, Gabi na Sala, Ana na boca, Xana nas orelhas... e por aí fora.
Quanto às actrizes, carinhosamente chamadas de fêmeas, como se pode ver também, são do melhor que se pode arranjar por Portugal. Por Portugal? Peço desculpa, queria dizer pela Estrada Nacional 125. Os actores também estão ao nível de um Brad Pitt ou Cruise, principalmente o indíviduo de óculos e boné, que respira charme pela forma com toca na perna da Gabi.
Se a maior parte dos filmes está apenas inserido numa categoria, já Gabi, Violada à Força pode concorrer a duas classes de prémios: Pornografia e Comédia. Cabe ao caro espectador decidir.