Já não tenho idade para esta mer**

Escrevo-vos apenas com uma mão. Não que a outra esteja ocupada com algo mais interessante, mas está encostada à box, juntamente com o restante braço. Tudo aconteceu no passado sábado, um dia deveras movimentado. Começou logo com um espectáculo na sexta-feira, que terminou às 3 da manhã, para às 8 da matina de sábado já estar em pé, de fato vestido, com uma pá de coveiro na mão e numas ruínas de um edíficio em Lisboa. "Mas foste matar alguém à paulada para depois enterrá-la debaixo da terra?", perguntam vocês. Infelizmente não tive esse prazer. Foi tudo para uma sessão fotográfica com um conjunto de comediantes e que poderão ver no futuro. Após essa sessão, convidei três amigos para beber um café.
- Ah, vamos ali a uma pastelaria muito boa, calminha e tal.
De todos os dias da minha vida, tinha de ser naquele em que apregoei o bom nome da casa para se dar uma violenta cena de pancadaria em pleno café, com pontapés à Jackie Chan, cabeçadas e murros à Bud Spencer. Saímos do café... eles combalidos e eu agradecido por aquela injecção de adrenalina bem mais forte que o café e que me deixou desperto para o resto do dia.
Pouco depois saí de Lisboa rumo ao Alentejo. Quando cheguei tive a triste ideia de experimentar umas manobras novas no skate... quando dei por mim estava de queixo no chão e braço todo torcido. Nem dei por ela. Foi então que me apercebi porque é que não é hábito ver skaters com mais de 1,80m. Porque a partir daí as quedas são mais duras. Cair dos meus 1,91m não é pêra doce, é por estas e por outras que o Marques Mendes daria um óptimo skater. O resultado final foi uma distensão de ligamentos e tendão e que me levou a acabar o dia a dizer: Já não tenho idade para estas mer**.