quarta-feira, janeiro 4

Crónica de uma expedição idiota: Madrid, capital do Rabeton

Há uns dias atrás resolvi partir para a aventura, para o desconhecido, rumo a terra de ninguém, onde a língua soa a algo como um interminável e esganiçado “thé thé thé thé” e as aves raras fazem parte do habitat local… viajei até Madrid.
Se hoje em dia os ritmos latinos são dominados pelo já conhecido Reggaeton não foi com surpresa que cheguei à conclusão que Madrid não só é a capital de Espanha, como também é a do… Rabeton. Um ritmo que se dança muito com as ancas, floreados e onde os pares são formados por homens com homens ou mulheres com mulheres. Não tenho nada contra os homossexuais e até compreendo as opções. É que Madrid é uma terra onde as mulheres parecem homens e os homens parecem outra coisa qualquer entre a Lili Caneças e o José Castelo Branco. Aliás, os próprios níveis de exigência de jovens heterossexuais, bonitos e viris, como eu, baixa drasticamente com o passar dos dias.
Nas primeiras horas em Madrid não ficava contente com nenhuma espanhola que não tivesse, pelo menos, o peito da Penélope Cruz, o rosto da Paz Vega, as ancas da Monica Belluci e as unhas dos pés da Jennifer Lopez. Ao terceiro dia dei por mim a piscar o olho a uma velha com um bigode maior do que o Don Quixote e com varizes que mais pareciam os afluentes do Tejo. Ofereci-lhe um bocadillo de calamares, ela agradeceu, mas rejeitou o presente. Não porque não goste de um bocadillo de calamares, mas porque tinha medo de perder os dois únicos dentes que tinha.
Por outro lado, à semelhança do escaravelho de Antigua, andar na rua e cruzar o olhar mais de três segundos com alguém do mesmo sexo é um convite para o acasalamento. E, tal como o caravelho de Antigua, diz-se que o acto sexual é pautado pela dor e guinchos, seguidos por uma inexplicável vontade de vestir camisas justas de lycra, calças apertadas, usar uma póchete pele de leopardo e dizer: Tengo un calor tremendo en mis pantalones, que é como quem diz, sinto um calor tremendo nas minhas cuecas.

3 comentários:

Unknown disse...

Mi gusta carinho, caro amigo, já a minha avó dizia, um bonito latino é o bonito portugês, os outros são da Capital do Cabeton, um abraço

Anónimo disse...

Capital do Rabeton... Bom!!!! E não é nada mentira!! Embora também possa não ser verdade...

Leididi disse...

Tens razão caro amigo, também lá estive e também reparei. Permite-me só discordar numa coisa: os gays espanhóis são muito giros (infelizmente) e não usam pochetes de leopardo.